desde sexta-feira

Por falta de acesso a moradia temporária, estudantes da UFSM ocupam espaço no campus

Foto: Pedro Piegas (Diário)

Diferentemente de outros começos de semestre letivo na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), os calouros que chegaram dias antes e planejam uma vaga na moradia temporária - a União Universitária - ainda não tiveram acesso ao local. A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) só vai liberar a entrada dos estudantes a partir de hoje, após eles encaminharem a solicitação de benefício socioeconômico, um dos critérios para ter acesso ao programa de moradia. Com isso, os estudantes que chegaram dias antes do começo das aulas ficaram desamparados. A situação motivou, desde a última sexta-feira, uma ocupação no hall do União Universitária, que serve de moradia provisória, no campus de Camobi.

Em nota divulgada na página de Facebook da Diretoria da Casa do Estudante Universitário 2 (Ceu 2), os alunos que participam do protesto apontam o não acesso à União como um dos motivos para a ocupação, que já é de conhecimento da Prae. A nota diz que apenas alunos de outros Estados receberam alojamento pela UFSM. Um grupo de 70 estudantes faz parte da ocupação, sendo cerca de 40, conforme os estudantes, novatos em busca de moradia provisória. Ainda conforme os estudantes, a diretoria da Ceu 2 apresentou soluções para agilizar a acomodação dos estudantes, antes do começo das aulas, mas nenhuma foi aceita pela instituição.

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Clayton Hillig, pró-reitor, confirma que o acesso às dependências da União só será realizado nesta segunda-feira após os alunos encaminharem solicitação na Prae. Ele explica que a demanda por moradia estudantil (tanto moradia temporária quando na Casa do Estudante) tem aumentado nos últimos anos e o número de vagas se mantém o mesmo. Segundo o pró-reitor, um projeto de expansão está estagnado em função dos cortes no orçamento da UFSM.

Hillig estima que, neste ano, 400 calouros solicitem estadia na União, que tem 250 vagas. Com isso, cerca de 150 alunos ficariam sem apoio à moradia e, por isso, o acesso ainda não teria sido liberado. O critério para preenchimento das 250 vagas será por ordem de chegada e, segundo ele, abrir espaço antes de segunda-feira seria injusto.

- O critério é ordem de chegada, porque a questão de renda dos estudantes, nós levamos mais tempo para ter acesso - explica Hilliig.

Além da conta, que a UFSM não conseguiu fechar, a estimativa é que o tempo de espera dos estudantes que vivem na União até garantir uma vaga na Casa do Estudante aumente: até então, a média era de 4 a 6 meses. Em 2019, a tendência é demorar ainda mais, chegando a 12 meses no aguardo por moradia.

A Prae abre as portas das 8h às 20h a partir de hoje. Os alunos de outros Estados, que vieram para confirmação e que não tiveram condições de retornar para sua cidade de origem, cerca de 25 pessoas, estão em espaços da Casa do Estudante, assim como alunos do Rio Grande do Sul, que terão de regularizar a situação junto da Prae.

A diretoria da Casa do Estudante 2 organizou uma reunião, na noite de domingo, para definir os próximos passos dos estudantes. 


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